Minha família é uma típica família Paranaense. Nas férias, loca-se um apartamento em Matinhos Beach e lá vai a tigrada inteira se amontoar em um apertamento de 50 m2 para curtir as festas e o verão. Confesso, eu ADORO! Não fazemos isso pela praia, que é horrível, poluída e sem nada de interessante para se fazer (sim, nós conhecemos Mariscal!). A gente vai pra lá porque não é uma viagem muito cansativa para meus avós e porque nos dias de chuva nós jogamos canastra e comemos bolinhos. Nós fazemos a nossa praia! E a gente ama ficar junto, mesmo que empilhados!
Era o ano de 97, estávamos em 10 pessoas em um apê que ficava a 2 quadras do mar, bem pequeno de 2 quartos, 2 banheiros, sala integrada com cozinha e uma pequena sacadinha com vista para a serra do mar. O dia estava meio nublado e a gente ainda não tinha saído pra praia. Meu pai estava na sacada quando se deparou com um fenômeno fantástico da natureza: uma nuvem estava passando pela nossa sacada. Ela passava tão pertinho que a gente podia tocar a névoa. Aí foi aquela correria, meu pai saiu chamando todo mundo pra correr na sacada e ver a tal da nuvem que passava por ali. Deslumbrados os Coradins comentavam:
- Noooooooooooossa, que coisa incrível!
- Será que é neblina?
- Como é que pode? Parece surreal!
Vários minutos se passaram e a família inteira lá, admirada. Todos hipnotizados por aquele momento “mágico”.
Depois da alucinação coletiva, cai a ficha. Meu pai olha pra cima e descobre o que estava gerando este fenômeno tão extraordinário da natureza. Era o vizinho de cima limpando a sacada dele com um VAPORETTO!
Eu #amo esta família.