Tentei dar macarrão pra ela logo nos primeiros dias. Do alto do meu 1 ano e 10 meses eu pensei: se ela começar a comer comida como eu, vai sair do colo da minha mãe um pouco. Não funcionou. Um tempo depois, em forma de protesto, meti o pé na chaleira de água fervendo, me machuquei feio em troca de atenção. Nada. Aquela loirinha de olhos bem azuis tinha vindo pra ficar.
Depois ela colou em mim feito chiclete, brincava junto, dormia junto, estudava junto. Fui me acostumando com aquilo tudo e até passei a gostar. Eu lia pra ela, dava aula no quadro negro e tudo.
Acho que foi daí que ela deu pra seguir os meus passos... seguiu do jeito dela, mas eram os meus passos. Como se eu fosse exemplo pra alguma coisa.
Falei esse monte de coisas aqui mas a verdade é que não me lembro de existir sem ela. Não lembro de não ter pensado nela nem um dia. Não lembro de ter sofrido mais do que sofri esperando por aquela ambulância chegar ao Cajuru. Não me lembro de ter ficado tão orgulhosa de ler o trabalho de alguém como quando eu li o artigo publicado na Revista da FAE. Não lembro de ter me sentido tão insegura quanto eu fiquei quando ela me disse que eu seria madrinha da Isabella. Não lembro de ter me sentido tão feliz como quando eu conheci a Bellinha. Não lembro de ter ganhado presente melhor.
Amo você mana. Feliz aniversário!
Muito lindo!!!
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